quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os desafios de um fibromialgico

  • Tentar não ouvir jugamentos dos mais próximos que não sentem dor.
  • Perdoar o próximo pelos julgamentos por que a dor não pode ser vista nem sentida pelo outro.
  • Fazer sexo com seu parceiro(a) e que ele(a) entenda e respeite as nossas necessidades e posições. Sexo fornece endorfinas e bem star.

    Se auto respeitar nos limites do corpo e não se culpar pelo julgamentos dos outros.
  • Aceitar a doença e limitar, diminuir, mudar a rotina de sua vida
  •  Entrar em uma dieta alimentar mais natural possível
  • Deixar de beber e fumar (para muitos impossível)
  • Tomar remedios com a crença que muitos prejudicam mais do que ajuda. A necessidade de tomar remedios corretos são importantissimo para evitar outras doenças do sistema nervoso.
  • Iniciar ou achar a atividade fisica que mais traga beneficios e que reduza suas dores. 
  • Ultrapassar 1 mes de exercicios fisicos
  • Fazer o que gosta dentro desta vida louca.
  • Anotar tudo, pois o esquecimento é fatal e não é coisa de velho!
  • Se perdoar e perdoar o próximo.

domingo, 28 de novembro de 2010

SUPERAR A DOR VINDA PELO SOFRIMENTO

Superar a dor vinda pelo sofrimento da alma, é uma terapia que elimina mais um estímulo para a fibromialgia.

Como fazer, então, quando a vida nos apresentar situações que gerem dor? Se não temos o poder de evitá-la, precisamos aprender a lidar com ela de modo a transcendê-la.   :: Elisabeth Cavalcante ::

Segundo os mestres budistas, a vida é constituída de duas matérias essenciais: o prazer e a dor. Desde muito cedo aprendemos a evitar qualquer experiência que nos cause sofrimento, e a buscar as que aumentem nossa sensação de prazer.

Uma das formas de fazermos isto é permanecermos alertas e receptivos, para perceber o que aquela experiência pode nos ensinar. Ao invés de nos afundarmos na angústia e na infelicidade, podemos, sim, fazer de qualquer sofrimento uma vivência transformadora. Mas esta capacidade ainda está inacessível para a maioria de nós. Infelizmente, muitos se mantêm por longos anos aprisionados à situação geradora de sofrimento, esquecendo-se de outra verdade inexorável acerca da existência: nada é permanente.

A dor vinda do sofrimento podem também ter um fim. Entretanto, este é um resultado que depende muito de nossa própria atitude. Eles só se tornarão permanentes, se nos agarrarmos a eles de maneira cega, sem permitir que qualquer outra realidade possa ser criada em nossa vida.

Precisamos desejar, com toda a força de nosso coração, vivenciar o outro lado da moeda e recuperar a alegria. Estes dois opostos são essenciais para que possamos viver em plenitude.

O sofrimento, por mais que neguemos, ensina-nos lições fundamentais, fortalece nosso espírito e traz à tona um poder interior que nem sonhávamos possuir. E a alegria, por sua vez, renova nossa conexão com a fonte inesgotável de amor, de onde tudo emana.

"Alegria é a sua natureza"

Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento. Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?

....Sem sacrificar-se, você não conseguirá dar nem mesmo um passo. Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.

.... Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa.

...Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas... E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto.

....Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo...E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo.

...Uma criancinha quer chorar.... Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões.... Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada....

Quem sabe quantas tensões você acumulou? ...... Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto . A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.

...atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração..... Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível.

...Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.

.... E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você. A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma.

....Se você reprimir a dor, ela cresce... Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta. .Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito.

...Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada.

Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza". OSHO - The Sadhna Sutra.

e-mail analuiza.aroni@gmail.com Aqueles que desejarem aprofundar estes conhecimentos e para mais informações escrevam para o meu e-mail.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Bolsa de Gelo - Funcionalidade e Restrinção

Crioterapia
(Bolsa de Gelo na Fibromialgia por 15 minutos ajuda muito)

 Deixa de ser exclusiva para atletas e se populariza

Procurar um fisioterapeuta é a melhor opção para ajudar a esclarecer todas as suas dúvidas. Nas consultas com esses profissionais que tratam de pessoas com fibromialgia foi recomendado colocar gelo nos músculos da coxa, batata, joelho, calcanhar, lombar (se inflamação- toalha morna) e pescoço por 15 a 20 minutos sempre protegido de um paninho ou gazes. Este procedimento pode ser até 3 vezes no dia, dando intervalo de 6 horas.  Para articulação de dedos e mãos não devem ultrapassar 5 minutos. Pois quanto menos músculo, menos tempo. Não ultrapasse dos 30 minutos. Pois isso deve ser o máximo para regiões musculosas.

Para tendinite ou inflamação dos nervos, lombar e escápula não é tao aconselhado. E sim a água morna através de uma compressa ou bolsa de água.  Alongamentos específicos para essas regiões são aconselhaveis. 

Analise se existe nódulos e pontos gatilhos nas regiões doloridas. Pois muitas vezes retirando esses nódulos com massagem com pontas dos dedos, ventosa e bolinhas de tênis, alongamentos e técnicas especificas para cada caso, a dor do fibromialgico é reduzida até 80%. A técnica de RPG (reeducação postural) e massagens leves ajudam muito. Apesar da dor aparecer no momento do procedimento, acredite, o alívio é bastante gratificante após o término e nos outros dias se você procura permanecer na postura. Pois é muito importante a postura ao sentar de fronte ao computador, notebook, evitar ficar em pé por muito tempo e se isso ocorrer deve-se fazer alongamento do joelho, panturrilha e demais músculos afetados.


HISTÓRIA DA BOLSA DE GELO

Machucou-se? Coloque uma bolsa com gelo em cima da lesão, para desinchar e aliviar a dor. A técnica, difundida ao longo dos séculos — há registros do uso de neve para esses fins nos primeiros Jogos Olímpicos, em 776 a. C., na Grécia —, é respaldada pela medicina e tem nome: crioterapia. A palavra significa terapia pelo frio e, segundo o fisioterapeuta Adilson Sales, é uma maneira eficiente e barata de reduzir reações inflamatórias e espasmos musculares. “Crioterapia, na verdade, é a diminuição da temperatura da área afetada, por meio do contato corporal com qualquer substância, instrumento ou ambiente com a finalidade terapêutica”, explica o fisioterapeuta. “O termo é ligado a aplicações de gelo por ser o meio mais utilizado.”

É um tratamento habitual entre atletas de alta performance. É comum ver jogadores de futebol como Ronaldo Fenômeno fazerem banhos de imersão em água fria com gelo logo após os jogos, para evitar futuras dores musculares e visando o efeito analgésico. " Porém para a fibromialgia, banhos mornos são recomendáveis, ao contrário do banho frio" - comentário de Tânia Amorim Carvalho.

OBJETIVO DA BOLSA DE GELO


O procedimento, porém, não se restringe a atletas. É cada vez mais frequente que pessoas comuns, simplesmente adeptas de atividades físicas regulares e inclusive os pacientes fibromialgicos.

  • incômodo muscular ou nas articulações: objetivo é interromper o processo de inflamação das lesões. O fisioterapeuta Adilson Sales destaca que a diminuição de reações inflamatórias é apenas um dos benefícios desse tipo de tratamento. “Alguns outros são a redução do espasmo do músculo, o alívio da dor (função analgésica), o controle da hemorragia quando fibras musculares se rompem e a diminuição da atividade metabólica”, cita.
  •  “Percebo que também diminui o inchaço e reduz a mancha roxa no local e reconstrói alguns vasinhos rompidos”, comenta. Segundo o reumatologista Rodrigo Aires,  a redução das manchas roxas ocorre, por causa das propriedades vasoconstritoras, ou seja, de contração de vasos sanguíneos, presentes em substâncias frias.

O ortopedista Davi Haje — que considera a crioterapia um procedimento válido para lidar com traumas em articulações, ligamentos, músculos e tendões — explica que o uso de gelo e de substâncias frias é mais eficiente nas primeiras 48h depois da lesão. Aires concorda e complementa que “a compressão deve ser leve e o membro deve estar elevado”. Após esse período, Haje acredita que o contraste de gelo e água quente pode ter maior eficácia. “Assim, a revascularização dos tecidos é estimulada”, explica.

Restrições da Bolsa de Gelo

É necessário destacar que a terapia com o uso de elementos frios não cura doenças, mas auxilia no tratamento. Entretanto, mesmo para um procedimento simples, como colocar uma bolsa de gelo no local machucado, há restrições. “É contraindicado colocar gelo em cima de locais infeccionados, feridas abertas e em contraturas musculares na coluna”, avisa o ortopedista. Tais ações podem piorar o quadro clínico da pessoa.

Já Sales lembra que o tratamento deve ser usado com precaução por pessoas hipertensas e com problemas circulatórios. Ele alerta que o uso incorreto de gelo, bolsas térmicas, sprays e afins pode causar queimadura pelo contato direto com a pele. “A crioterapia é totalmente contraindicada para portadores de doenças como a crioglobulinemia”, acrescenta, em referência ao problema de saúde no qual o sangue do indivíduo contém proteínas que não se dissolvem em temperaturas baixas.

Aires acrescenta que portadores do fenômeno de Raynaud precisam ter cuidado ao se submeter ao procedimento. Nesse fenômeno, as artérias de pessoas hipersensíveis ao frio se contraem, causando alteração na cor da pele nas extremidades: elas ficam pálidas ou arroxeadas (cianóticas, na linguagem médica).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A importancia do Alongamento estudo realizado pela USP

São Paulo, 11/05/2006 - Boletim nº1839 USP     
Alongamento reduz dores e
outros sintomas da fibromialgia
Exercícios de alongamento são mais
pacientes que os de condicionamento
físico para diminuir a dor e a ansiedade
e melhorar o sono dos pacientes
Alongamento é mais eficaz que o condicionamento físico no combate aos sintomas da fibromialgia

Marina Almeida

Alongar os músculos pode ser a solução para pacientes que possuem fibromialgia - conjunto de sintomas que envolvem dores musculares e problemas psicológicos. Esse tipo de atividade mostrou maior eficiência na diminuição da dor e na melhora de outros sintomas, como a ansiedade, em comparação ao condicionamento físico. "Porém, fatores como a facilidade de desenvolver os exercícios de alongamento em casa podem ter influenciado os resultados", ressalta a professora Amélia Pasqual Marques, do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (Fofito) da Faculdade de Medicina da USP, que coordenou o aspecto fisioterápico dessa pesquisa.

A fibromialgia atinge geralmente mulheres com idade entre 35 e 60 anos. Os portadores do problema apresentam dor crônica por mais de três meses, fadiga, falta de sono e 18 pontos mais doloridos espalhados pelo corpo, além de ansiedade e depressão.

A pesquisa, realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, envolveu 19 pacientes de ambos os sexos que foram divididos em dois grupos. "O condicionamento físico foi administrado em 7 pacientes e os outros 12 foram tratados com alongamento", conta Amélia. Cada grupo realizou 10 sessões e não houve interferência quanto à medicação dos pacientes. A pesquisadora alerta, no entanto, que os resultados são parciais e que ainda existem dados estatísticos sendo analisados.

O grupo de pacientes que realizou exercícios de alongamento apresentou uma melhora considerável em aspectos como qualidade do sono, que melhorou aproximadamente 50% , redução de 48% da rigidez dos músculos, e diminuição de 30% nos níveis de ansiedade. Já as dores sentidas diminuíram 25%.

Os exercícios de alongamento propostos, todos simples de serem executados, trabalhavam a coluna cervical e lombar e os movimentos da pélvis - regiões onde costuma haver grande incidência de dor.

Entre os pacientes que participaram do condicionamento físico (caminhada e corrida em esteira) a melhora dos sintomas não foi significativa. "Talvez esses resultados não tenham sido tão bons devido ao maior esforço exigido pelo condicionamento ou porque as pessoas se sintam mais protegidas no alongamento, que é feito no solo", analisa a professora. A caminhada, comparada ao alongamento, exige movimentos mais velozes, repetitivos e com maior carga.

Importância da atividade

Amélia ressalta a importância do alongamento para quem tem dor. "Além dos resultados, podem ser feitos em casa facilmente", comenta a professora. Ela lembra, no entanto, que o mais importante é fazer alguma atividade física, mesmo que não seja o alongamento. "Outro cuidado que deve ser tomado é para que não se excedam os limites e os pacientes saiam com dor muscular", diz.

A interação com o paciente, nesse tipo de pesquisa, é grande. Ele recebe informações sobre como fazer os exercícios em casa, além de ser bem orientado sobre sua doença, o que ajuda nos resultados positivos. "Eles chegam muito desanimados no início do tratamento. Nós tentamos mostrar que não é porque alguém disse que o seu problema não tem cura que ele não pode ser controlado e damos como exemplo a dor de cabeça", explica a professora. "Eles também desenvolvem uma percepção corporal maior."

Para Amélia, o paciente começa a mudar ao conhecer novas possibilidades. Com o maior desenvolvimento da consciência corporal, por exemplo, muitos deles começam a perceber o que desencadeia neles as crises de dor. Muitas pessoas podem ter tendência à fibromialgia, mas nunca desenvolver uma crise, mantendo isso controlado.

Atualmente a professora vem desenvolvendo uma outra pesquisa, com 40 pacientes, sobre alongamento e fibromialgia - que deve confirmar os resultados obtidos para um número maior de pessoas. Amélia também estudou a prevalência da fibromialgia na população de Embu-SP e agora estuda a prevalência da doença na população idosa.

Mais informações: pasqual@usp.br, com a pesquisadora

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PERDÃO, PERDOAR, AUTO PERDOAR

O PERDÃO PARA A PACIFICAÇÃO INTERIOR


por João Carvalho Neto - joaoneto@joaocarvalho.com.br


Uma situação com a qual nos deparamos nos consultórios de psicoterapia, que nos chegam com muita freqüência, diz respeito aos aprisionamentos a ressentimentos passados, dos quais as pessoas não conseguem se libertar e tão pouco lidar.
Percebo que uma parte significativa das angústias geradoras de transtornos psicológicos diz respeito à falta de perdão e de autoperdão para com as agressões que imaginamos receber daqueles que conosco convivem.
E digo imaginamos porque, muito mais do que alguém que nos agride, o ofensor é um instrumento da vida para nos ajudar a amadurecer nossas emoções, sentimentos e comportamentos, convidando-nos a uma atitude mais responsável e menos queixosa.
Penso que a principal questão que nos faz sentir magoados é a convicção de que existem culpados e que, por isso mesmo, merecem ser castigados. Fomos educados milenarmente pelas religiões a acreditar nessa correlação de culpa e castigo, aplicando-a aos outros e a nós mesmos.
Claro que a culpa é um instrumento psicológico importante para a sobrevivência das relações interpessoais, na medida em que serve de alerta para erros que devem ser corrigidos. Claro também que para uma sociedade sobreviver faz-se necessário que sistemas legais e judiciários estabeleçam regras e repreensões para a manutenção da ordem geral. Contudo, falamos aqui daquela culpa patológica, que permanece além do necessário para o ressarcimento da falta, e que enfraquece a personalidade, desviando-a da responsabilidade de reparar o erro para o castigo que nada constrói.
Por isso, queremos sempre penalizar aqueles que nos ferem e nos penalizamos também quando nos sentimos culpados de alguma coisa. Enquanto imaginarmos que existem culpados vamos continuar a aplicar castigos, nos outros e em nós mesmos.
Socialmente, conforme disse acima, isso é inevitável para a manutenção da ordem do conjunto, mas psicologicamente, no indivíduo, é justamente isso que nos leva a sentir a emoção da raiva que, quando mal trabalhada, tende a se transformar no sentimento de ódio, muito mais perigoso, sutil e ardiloso.
A raiva, ao seu curto tempo de existência, e o ódio, mais duradouro, envenenam as forças psíquicas do ser, tornando-o mais defensivo, precavido e fechado, tendencioso a se sentir sempre vítima de perseguições e afrontas. Com isso, a pessoa passa a não mais ver a realidade genuinamente como ela é, mas sim atribuindo a esta realidade um olhar marcado pelo sentimento de ameaças iminentes.
Quando Renato Russo na música “Pais e filhos” diz: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há”, ele apresenta uma grande verdade. Não me refiro à percepção simplista de imortalidade ou não da alma, mas sim ao fato de que se você não ama e perdoa agora, seu futuro permanecerá vinculado a este momento, atribuindo um olhar tendencioso às situações por virem.
O perdão liberta a quem perdoa dos grilhões do ressentimento. Não é algo que se faz pelo outro mas sim por si mesmo. Sem perdão não há amanhã livre para amar e viver.
E nós temos tantas dificuldades em perdoar porque, no fundo, ainda acreditamos muito em culpas, culpados e castigos. Criamos até um Deus, no Antigo Testamento, com raiva que castigava aqueles que contrariavam suas ordens...
Na verdade, cada um dá à vida e aos demais semelhantes somente aquilo que tem. Aquele que nos fere o faz acreditando que é a única alternativa que possui, movido por suas emoções, seus traumas passados, suas limitações. Mas, com certeza, ainda não aprendeu a fazer melhor. Se já tivesse compreendido os intrincados mecanismos da vida não agiria assim.
Alguém pode estar pensando: “Mas esse cara quer que eu não me incomode com aquele que me machucou? Isso é deixar barato o meu sofrimento”.
Pode até parecer mesmo, e eu reconheço que é difícil pensar diferente quando o machucado dói na gente. Mas eu continuo a afirmar que quem perdoa se liberta e não especificamente ao outro. Guardar ressentimentos não fará voltar o que aconteceu, não mudará o passado, nem muito menos a vingança. Mas guardar ressentimentos muda a vida de quem os carrega consigo, faz ela ficar mais pesada, mais desgostosa, menos feliz.
Por isso, liberte pelo perdão e liberte-se pelo autoperdão. Seja feliz e permita que os outros também o sejam. Proteja-se, sim, das ameaças externas, daqueles que possam te ferir, mas não viva em função de ameaças que não existem mais. O que passou, passou; aproveita as lições que a vida vai te deixando e siga em frente, libertando e libertando-se.

Esse é o mundo mais pacificado que nos cabe construir e ele começa bem aqui, dentro de nós mesmos.

João Carvalho Neto
“Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”.



domingo, 3 de outubro de 2010

As meninges do Cerebro e a Fibromialgia

Compressão Meningeal e a dor de fibromialgia


Meningeal compressão pode ser causado por uma invasão ou torção sobre a cobertura de três membrana protetora do cérebro e a medula espinhal, chamado de meninges.

Essa intrusão pode ser de uma mal formação do tumor ou outra, mas nós achamos que é mais freqüentemente causada por uma alteração na coluna cervical, que pode reduzir ou distorcer o espaço através do qual a medula espinhal e as meninges deve passar.

Qualquer puxando as meninges podem ter efeitos devastadores sobre esta ação do nervo crítico e sensível, que por sua vez, pode produzir uma galáxia de sintomas indesejáveis.

Acreditamos que essa compressão gera sintomas miríade, uma das quais é a fibromialgia. Outros são distrofia simpático-reflexa (DSR), neuralgia braquial, neuralgia do trigêmeo, síndrome do intestino irritável, síndrome das pernas inquietas, dor difusa inexplicada, depressão, fadiga crônica, ansiedade e muitos mais.

As meninges são três membranas que formam um envelope grande saco-como em todo o cérebro ea medula espinhal, mantém o líquido cefalorraquidiano, que traz nutrição e cura para o cérebro e a medula espinhal. Ele está ligado a todos os nervos que passam por ela.

Raízes nervosas são prolongamentos da medula espinhal, que por sua vez e sair entre cada vértebra, envio e recebimento de impulsos que controlam praticamente todo o corpo, mesmo as menores partes. Uma vez que estes nervos passam as meninges, naturalmente, segue-se que cada sistema do corpo pode ser afetado por puxar do meninges. Estas raízes nervosas também se estendem fibras para o cérebro, que transmitem impulsos que são, então, recebido como dor, ardor, coceira, calor, frio, formigamento ou dormência, parestesia, bem como outros (isto é, sentimentos ímpar).

A puxar e irritação das raízes nervosas causam essas fibras nervosas maverick impulsos para o cérebro. O cérebro interpreta esses impulsos disparados como dor, coceira, queimação, frio, dormência ou outras sensações estranhas. O organismo, em resposta a estímulos de irritação, freqüentemente contração ou espasmo, provocando a síndrome das pernas inquietas, rigidez muscular, espasmos e freqüentemente experimentado por pacientes com fibromialgia.

Normalmente, a irritação das raízes nervosas, quando ela atinge níveis que são diagnosticadas como fibromialgia, bombardeia o cérebro da vítima, a esmagadora vias autonômicas e sensoriais, mantendo-os na dor, acordado durante a noite, cansados e deprimidos.

Os sintomas de possíveis Meningeal de compressão pode variar de pessoa para pessoa. Eles podem ser debilitantes - como em um caso grave de RSD ou Fibromialgia - ou ser menos grave em um caso mais suave da fibromialgia, dor facial leve ou neuralgia do trigêmeo. Incluindo toda a galáxia dos sintomas seria impraticável, porque o sistema nervoso controla o corpo inteiro e pode afetar todos os sistemas. Aqui, então, é uma lista parcial:

- Insônia: A insônia é particularmente preocupante em quase todos os pacientes com fibromialgia. Poderia ser pior em relação ao grau de pressão sobre o menenges. A ansiedade, a dor, o sistema nervoso central hiperativa e superprodução de adrenalina fazem dormir quase impossível.

- Fadiga: Fadiga, naturalmente, vai junto com a insônia, mas é um nível de fadiga que vai bem além do que seria esperado com a insônia comum, e tem um impacto muito profundo.

- Instabilidade emocional, depressão, irritabilidade e nervosismo: Estes sintomas são frequentemente mais difíceis de tratar, uma vez que afetam a essência da alegria de ser e destruir e entusiasmo. A vida se torna miserável para o doente, bem como para aqueles que o rodeiam.

- Leve a dor corporal grave: Isto pode variar desde dores de cabeça, pressão na base do crânio; dor de garganta, dores no braço ou dormência, dor tronco, quadril, coxa, perna e dor; ou dormência e dores faciais. Muitas vezes, isso vai ser pior de manhã e à noite.

- Dores de cabeça: Geralmente existe uma pressão na base do crânio, e não é por vezes associada a dor na coluna occipital (parte posterior do crânio) e superior cervical (pescoço). Muitos pacientes graves, dores de cabeça tipo enxaqueca. dores de cabeça FMS podem variar em intensidade e localização. Já vimos quase todos os possíveis combinação unilateral, bilateral, facial, occipital, leve, grave, às vezes acompanhada de náuseas e vômitos.


- Síndrome do Cólon Irritável: Está presente na maioria dos doentes, e pode ser causado pelo disparo do sistema nervoso simpático constantemente, impedindo que o sistema nervoso parassimpático da digestão de controle. Sua queima constante pode aumentar a produção de adrenalina e traz consigo um sentimento de destruição iminente. O sistema parassimpático funciona bem quando estamos relaxados, e controla coisas como a digestão dos alimentos e normal, relaxada funções corporais.

- Erupções: Algumas pessoas irão desenvolver erupções nas pernas, braços, rosto, costas, ou de outras áreas. Essas erupções são comuns e quase sempre desaparecem com o tratamento.

- A neuralgia do trigêmeo: As observações sugerem que o puxão no nervo trigêmeo que sai através do menenges pode provocar este sintoma. A neuralgia do trigêmeo é caracterizada por dor facial, muitas vezes de punção, normalmente grave, embora possa ser suave. Os pacientes que vimos com essa condição geralmente respondem bem ao tratamento.

- Os depósitos de cálcio sob a pele: Estes são comuns, geralmente com tamanho de uma ervilha, mas temos visto muito maior. Eles podem ser muito dolorosas e até mesmo causar sangramento com circulação em casos raros.

- Problemas de comunicação: Estes são comuns. Os sintomas deste tipo geralmente sugerem um caso grave. Pacientes que vemos quem são os doentes são incapazes de responder a perguntas ou manter sobre o assunto. Essa falta de foco geralmente diminui na duas primeiras semanas de tratamento.

- Ansiedade: A ansiedade é muitas vezes um dos problemas mais graves. Muitos pacientes nem sequer percebem que têm a ansiedade até que seja apontado. Ela pode ser provocada pelo disparo do sistema nervoso simpático continuamente. Ele vai empurrar um, mesmo que possam ser totalmente esgotado, e mantê-los um pouco, mas é essa ansiedade que também impede o sono e descanso. Os ataques de pânico - os sentimentos de uma necessidade de se proteger ou fugir - são comuns. Quando a ansiedade desaparece, os nossos pacientes ficam muito cansados e com sono restaurador seguinte. Isto é, quando vemos um grande salto de sua melhoria.

- Todas as glândulas do corpo pode ser afetada, ou seja: a hipófise, a tireóide, as supra-renais, as glândulas reprodutiva, pâncreas, etc Estas glândulas avaria pode criar uma série de problemas físicos, bem como problemas mentais e emocionais. É por isso que equilibrar os hormônios dão a uma pessoa de um impulso.

- DER ou CRPS (Síndrome Dolorosa Complexa Regional): Este é um problema complexo e, até, agora, mal associado a um acidente ou uma cirurgia. Após o evento a parte do corpo envolvida continuará a exibir a dor e, muitas vezes problemas circulatórios. A dor pode ser excruciante.
 
http://www.nrc.md/articles/maningeal-compression-and-fibromyalgia-pain.html

domingo, 26 de setembro de 2010

SITE FIBROMIALGIA POR MEDICOS (clique no titulo)

Clique no titulo acima e entre no site escritos por medicos: http://www.fibromialgiabrasil.com.br/ ou fibromialgia.com.br.

A Síndrome de Fibromialgia (SFM) é uma forma freqüente de dores musculares e cansaço. O termo Fibromialgia significa dores nos músculos e tecidos conectivos fibrosos (ligamentos e tendões).


É considerada uma síndrome porque engloba um conjunto de sintomas que podem ocorrer simultaneamente. É freqüentemente confundida e pouco entendida já que vários de seus sintomas podem ser encontrados em outras patologias.

A Fibromialgia afeta principalmente músculos e seus locais de fixação nos ossos. Embora se manifeste como uma doença articular, ela não é inflamatória como a artrite e não causa deformidades. É uma forma de reumatismo de tecidos moles ou muscular e se refere a dor e rigidez associadas às juntas, músculos e ossos.

O paciente não apresenta nenhum tipo de alteração em exames laboratoriais. Por isso, seu diagnóstico depende principalmente das queixas ou sensações que o paciente relata. Algumas pessoas podem olhar estes sintomas como imaginários ou desprezíveis.

Em 1990 o "American College of Reumatology" legitimou a fibromialgia na comunidade médica e estabeleceu os seguintes critérios para diagnóstico:

Histórico de dor em ambos os lados do corpo, acima e abaixo da cintura, por no mínimo 3 meses e dor em pelo menos 11 de 18 pontos chamados de Pontos Dolorosos ou tender-points.

Consulte o link no titulo da postagem acima e veja muito mais!!!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é trauma?

O que é Trauma


O trauma, segundo Levine (1999), está na fisiologia instintiva; faz parte de um processo de defesa iniciado e comandado pelo circuito límbico e tronco cerebral. Ele é definido, não pelo evento que o causou, mas pelo resultado de uma sobrecarga de estímulos provocada no organismo.

A disponibilidade ou a ausência de recursos para lidar com uma situação de estresse, no momento em que ela ocorre, é que vão determinar o potencial traumático do evento estressor. O trauma se dá por uma ruptura na camada protetora do organismo, devido à super-estimulação no sistema nervoso e à falta de recursos disponíveis neste momento para modular esta experiência, levando assim a um estado avassalador e de impotência. Basicamente é uma resposta biológica de defesa incompleta, em um estado de alta ativação do sistema nervoso, na tentativa de se defender de uma ameaça em uma situação de desamparo, ocorrendo, então, o congelamento. Quer dizer, acessa uma resposta de imobilidade tônica, congelando respostas motoras e sensórias dentro de um processo de retro-alimentação negativo condicionado. Estas respostas então permanecem armazenadas a nível visceral e motor até que sejam descarregadas. Para Levine (1999), é um processo fisiológico e funcional: diante de qualquer estresse adicional ao já acumulado e do cotidiano que altere um dos circuitos cerebrais, pode ocorrer uma desregulação do sistema autonômico, ou seja, uma desorganização do sistema límbico e do tronco cerebral.

Segundo Levine (1977, 1999), o sintoma é um modo de o corpo se defender contra o alerta gerado pela constante percepção do perigo. No entanto, este sistema de defesa não é suficiente para suportar muito estresse. O estresse pode exercer um fechamento no sistema funcional do cérebro cortical em relação às outras instâncias cerebrais, liberando o funcionamento de estresse original juntamente com sua mensagem de perigo, mesmo que o perigo já não exista mais. Assim, qualquer evento que modifique o nível de funcionamento habitual tem o potencial de provocar sensações e emoções desconfortáveis, podendo facilmente a pessoa re-experimentar sintomas relacionados ao evento. O quadro se torna ainda mais complicado porque o que se experimenta é, em parte, à desordem não atualizada gerada pela defesa instintiva dos sistemas límbico e tronco cerebral, que defendeu o organismo naquela época do estresse original. Esta, em sua forma habitual, é gerada para a proteção do perigo de vida, que é revigorante. Quando esta resposta não é direcionada para sua função habitual, uma porção é redirecionada para o medo, ódio, fúria, vergonha, terror e/ou culpa como parte de uma constelação de sintomas que se desenvolvem na tentativa de organização do sistema nervoso sob o estresse não descarregado (LEVINE, 1986). Essas “emoções negativas” se tornam intrinsecamente associadas às sensações, percepções, odores e imagens, formando então um conjunto de efeitos colaterais que desgastam o organismo. Por fim, descarregar essa resposta de estresse acumulado é o que precisa acontecer. Porém, ao descarregar, o efeito pode ser terrível e intolerável, caso não haja uma intervenção organizadora nos sistemas.

Associação Trauma e Dor Crônica

A maioria das clínicas de dor trabalha mais com o sintoma da dor que com sua causa. Na medicina tradicional, tenta-se contornar ou reparar a dor física, ou até mesmo preveni-la. Levine especula que se os profissionais fossem treinados para reduzir um pouco do medo nos Prontos Socorros, em hospitais e órgãos públicos de saúde, existiria uma grande probabilidade de reduzir o quadro da dor e a instalação da dor crônica, ou diminuir a chance de re-traumatização. O tratamento que estimule o paciente a engajar-se socialmente, que valide seu estado emocional e que disponibilize uma escuta adequada colaboraria na prevenção do trauma crônico, diminuindo conseqüentemente uma série de complicações no tratamento.


Tanto a dor crônica quanto o trauma são fenômenos ainda marginais para a Biomedicina. Assim, tanto uma teoria quanto a outra buscam um reconhecimento ao estudar, pesquisar e criar terapêuticas para desvendar os enigmas que geram sofrimento crônico e doença.

Na medida em que a dor crônica se instala, ela é experimentada como algo que não se pode controlar, mas que desejaríamos desesperadamente poder fazê-lo. Ela acaba criando uma série de limitações: sua presença constante gera um sofrimento. Por si só, a continuidade do estado de desconforto traumatiza. Ao conviver com o sofredor, testemunhamos uma tensão associada à dor física e ao sofrimento da dor emocional potencialmente gerada pelo trauma, pois muitas vezes a pessoa não recebe apoio da família ou do médico, gerando uma maior tensão em torno desse sofrimento físico; o sofrimento da dor torna-se ainda mais crônico, como uma espiral que vai além dela, limitando, aprisionando, traumatizando também o paciente no campo da sua subjetividade.

De acordo com Levine (1999, p.100), o sintoma, num certo sentido, se torna a válvula de segurança do organismo. Esta válvula permite a saída de pressão suficiente para fazer com que o sistema continue funcionando. Além de sua função de sobrevivência, e do efeito analgésico, a resposta de imobilidade também é uma parte chave da queda do circuito do sistema nervoso. Sem ela, o ser humano não poderia sobreviver à intensa ativação de uma situação séria e inescapável sem se arriscar a uma sobrecarga energética. Para ele, mesmo que os sintomas sejam desenvolvidos a partir da resposta do congelamento, podem ser considerados com apreciação e gratidão, por terem sido uma maneira de sobreviver. Na patologia, o organismo irá acionar a senso-percepção para vivenciar qualquer pensamento, sentimento ou comportamento que possa ser usado em seu esforço de manter bloqueado o impulso de vida. As forças subjacentes à resposta de imobilidade e às emoções traumáticas de terror, raiva e impotência são, em última instância, sistemas biológicos de sobrevivência. O modo como acessamos e integramos esses sistemas, é o que determina se permaneceremos congelados e sobrecarregados, ou se nos moveremos e descongelaremos.

Ao ser vítima de um assalto, você pode descarregar o susto, permitindo que o corpo trema e dando continuidade neste processo natural de resolução. Ao sonhar, você pode lutar e se defender do assaltante como uma forma natural de fazer a descarga do evento estressante, neurologicamente, que estava retido no SN, e retornar ao estado de auto-regulação básica e funcionamento dinâmico do organismo. Entretanto, se após esse evento não houver tempo suficiente para esta descarga, ela pode futuramente desenvolver uma ativação crônica no Sistema Nervoso, manifestando sintomas do estresse pós-trauma. Outro exemplo: ao tentar dormir, você lembra que hoje passou perto do lugar onde sofreu um acidente. De repente, a memória do acidente emerge, provocando uma ativação súbita que o leva a entrar por completo numa resposta de luta e fuga. Você “acendeu” este processo de sinais internos, disparando um sistema de defesa inativo ou enfraquecido, pelo qual o trauma tende a piorar e a fixar em um estado de ativação crônica do sistema nervoso, sendo quase impossível um funcionamento normal dentro de tal circunstância.

O estado elevado de ativação, os sintomas, o medo de sair ou de entrar completamente no estado de imobilidade e também a percepção incômoda de que algo está errado produzem um estado quase constante de extrema ansiedade. Essa ansiedade funciona como pano de fundo de qualquer experiência na vida da pessoa gravemente traumatizada. E ela pode ser mais aparente para terceiros que para a própria pessoa.

Como no trauma, a pessoa com dor crônica percebe que algo errado está acontecendo com ela, mas é incapaz de responder a essa ameaça; nada que ela possa fazer, as suas defesas estão inativas. A pessoa perde a normalidade fisiológica que regula a informação sobre a dor, afirma Yeng (2006). Se por um lado ela perde essa defesa, por outro apresenta uma hiperatividade neuronal e uma disfunção da supressão da dor. Yeng (2006) e Teixeira (2001) esclarecem que:

Um paciente que tenha esse mecanismo do corno posterior da medula rompido, acaba sendo bombardeado ininterruptamente por estímulos dolorosos que de outra forma seriam bloqueados na própria medula. O resultado é gerar uma hiper-ativação do sistema talâmico dos tratos laterais da dor, que em última análise modificará todo o eixo neuro-endócrino-imunológico, alterando o humor, a fisiologia visceral, e inclusive níveis de hormônios e neuropeptídeos tais como cortisol, noreprinefrina e outros (JESSELL e KELLY, 1991).
Para falar da dor torna-se necessário abordar suas causas. E elas são muitas. Um bom diagnóstico facilita a recuperação e o retorno do paciente à sociedade e a uma melhor qualidade de vida. Yeng (2006) complementa que cada pessoa enfrenta a dor de muitas maneiras e que não existe um remédio milagroso. Os pacientes com dor crônica são passivos, portanto é necessário criar um mecanismo para que tenham uma participação mais ativa em seu corpo e em sua saúde.

www.se-rj.com.br/.../0033TraumaeDorCronicaSoniaGomes.doc


terça-feira, 14 de setembro de 2010

BBC DE LONDRES

BBC Virus localizado onde cientista afirmam que fibromialgia nao é doenca da mente e sim do corpo

Tradução do inglês para português
Um estudo sobre crianças encontrou mais provas de que, a Síndrome de Fadiga Crônica, poderia ser causada por um vírus.

Os cientistas no estudo da Universidade de Dundee encontraram anormalidades em células brancas do sangue de crianças com ME / CFS, sugerindo que estava lutando contra a infecção. ME (encefalomielite miálgica), também conhecida como Síndrome de Fadiga Crónica (SFC) (FM FIBROMIALGIA), provoca cansaço debilitante.

Cerca de 150.000 pessoas no Reino Unido têm ME / CFS, 15.000 dos quais são crianças.

A condição é caracterizada por exaustão física e mental seguintes atividades normais. Os sintomas podem incluir dores musculares, dor de garganta, gânglios linfáticos do concurso, a dor multi-articulares e dores de cabeça.

Estudo desafios descoberta "link" vírus "ME ME vírus suscita esperanças No estudo, financiado pelo ME Research UK e The Young ME sofredores (Tymes) Trust, 25 crianças com idades entre sete e 14 com ME / CFS foram avaliados, juntamente com 23 crianças de mesma idade em um grupo controle.

O relatório, publicado nos Arquivos de Pediatria e Medicina do Adolescente, disse que foram constatadas anormalidades no sangue de todas as crianças com ME / CFS. Os resultados foram similares aos descritos em adultos com a doença. Amostras retiradas de jovens com ME / CFS contidas superiores aos níveis normais dos radicais livres - moléculas que podem danificar as células, tecidos e órgãos.

Vírus debate

Um número muito maior de neutrófilos, o tipo mais comum de células brancas do sangue, também foram encontrados para estar no fim do seu ciclo de vida. O relatório disse que a alta rotatividade de neutrófilos indicou a necessidade do corpo para combater a infecção.

Iniciar Citação

Também é importante porque algumas pessoas sugerem que a ME é uma doença da mente e aqui estamos mostrando que é uma doença do corpo "

Fim de citação

Jill Belch Professor

Ninewells Hospital, Dundee

Existe um contínuo debate entre cientistas sobre a possibilidade de ME / CFS é causada por um vírus.

Diversos estudos em adultos têm encontrado evidências de um vírus em pessoas com a doença, mas até agora a pesquisa não foi confirmada.

Alguns médicos disseram que a idéia de que diferentes tipos de fadiga crônica são causados por um único vírus não é plausível.

Professor Jill Belch, um especialista em medicina vascular no hospital Ninewells em Dundee, que liderou o projeto de pesquisa, disse: "O que nós encontramos são as alterações no sangue que sugerem que é a inflamação crônica.

"Isso é importante porque está mostrando uma anomalia que pudéssemos ser capazes de conceber um tratamento a favor, mas também é importante porque algumas pessoas sugerem que o ME é uma doença da mente e aqui estamos mostrando que é uma doença do corpo ".

Dr. Neil Abade, do ME Research UK, disse que era "fascinante descobrir evidências de uma infecção persistente ou reativação viral".

"Embora a causa da EM é desconhecida, mais da metade de todos os pacientes dizem que sua doença começou com uma infecção", disse ele.

"O estudo acrescenta peso maior, sem dúvida científica para a existência de uma condição que, infelizmente, muitos ainda não reconhecem, apesar de sua gravidade."

De acordo com Tymes Trust, crianças com ME podem ser tratados com "ceticismo" pelo sistema de saúde

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7 September 2010 Last updated at 07:07 GMT Share this pageFacebookTwitter ShareEmail Print Study shows ME/CFS 'virus link' found in childrenBy Eleanor Bradford

domingo, 8 de agosto de 2010

"Encarar a Fibromialgia de uma forma mais positiva"

Encarar a Fibromialgia (FM) de uma forma positiva,  parece tão difícil e impossível para os fibromiálgicos,  porque sentir  dor e ardor  no corpo todo ou parte dele que desanima qualquer ser humano.  Preços de remédios altos e controlados  e necessidade de tratamentos alternativos em paralelo muitas vezes não são acessíveis pela população de baixa renda.
FM é viver como uma onda no mar. Ela vai e volta, vem como um turbilhão que precisa ser vivida, surfando com todos os sentidos ligados para se equilibrar na prancha da esperança, mapear os recifes de pedra e bancos de areia para defesa, estudar o clima, as correntes marítimas que correm por dentro do corpo através dos nervos, se alongar e exercitar o corpo, encarar o desconhecido, encontrar o prazer na adrenalina que dá medo numa onda gigante.

Por isso é importante mudar, fazer tudo diferente que antes: alimentação, atividade física, repensar a vida, refazer amigos, não se isolar, vencer e curar principalmente a depressão e se tratar. Não há cura mas há tratamento e principalmente pelo SUS e planos de saúde. Os fibromialgicos precisam de uma série de exames e médicos especializados:

  • Anestesiologista e Reumatologista para especificar o melhor anestésico e anti-depressivo
  • Fisioterapeuta para realizar RPG - Reeducação Postural e alongamentos apropriados
  • Nutricionista preparada para doenças auto imune para definir uma dieta anti-oxidante, anti-inflamatória e até suplementos alimentares.
  • Psicológos preparados para entender a fibromialgia
  • Hidroterapia ou hidroginática ou  nataçao em piscina aquecida  ou musculação com peso minimo e esforço baixissimo mas com muitissima moderacao e muito e muito alongamento
  • ALONGAMENTO

Uma das principais causas que escrevo este blog é devido a demora de obter uma constatação médica no início da doença por não existir um exame clínico ou radiológico que detecte a FM no início em que um ser humano começa a sentir dor qualquer dor aguda em qualquer parte do corpo.

Algumas pessoas resistem a dor aguda de enxaqueca, joelho e articulações, coluna,  músculo da face, tensão no pescoço, torcicolo, formigamento nos braços e costas, nódulos constantes e não dão tanta importância e não procuram ajuda médica ou se auto medicam (um grande erro). Porém muitas pessoas quando sentem dor começam a procurar os médicos especialistas para tal. E os exames específicos utilizados para diagnosticar o que há de errado neste órgão ou membro do corpo isolado, resultam no início do tormento silencioso e psicológico, pois  os exames dão negativos ou o que é detectado nos laudos não justificam a tamanha dor expressada pelo corpo e dita em palavras para todas as investigações realizadas.

Então vem uma pergunta interessante: Mas a Fibromialgia arde o corpo todo, pode ocorrer inchaço nas articulações e principalmente tensão e inflamação nos 18 pontos estratégicos do corpo, até o casco da cabeça. Isso não é o suficiente para os médicos darem  um diagnóstico e  iniciarem um tratamento e fornecer uma qualidade de vida à essas pessoas que necessitam de carinho?

A resposta pode ser SIM, se levarmos em conta que quando o paciente sente dores de 5 a 18 pontos médios, infelizmente a Fibromialgia chegou a um estágio de médio a avançado. Além da sorte que a pessoa encontre um médico (seja qual for a especialidade) que tenha a consciência da FM e analise todos os exames já realizados principalmente os reumatológicos e da tireóide para eliminar o erro de mascarar uma outra doença. 

Portanto, o diagnóstico da FM é muito difícil e geralmente é "aceita" pelo paciente com desconfiança ou até com alívio por ter um diagnóstico "concreto" ou seja alguém que o entende  e isso o leva a dar nexo na contradição de todos os exames. Assim apaziguando um pouco o psicológico. Pois a FM aos poucos e lentamente deixa a pessoa cansada de procurar o seu diagnóstico, onde todos atestam que a pessoa está inventado principalmente na fase que não está aguda, deixando a família preocupada ou simplesmente faz descaso. Os colegas de trabalho ficam destabilizados com as atitudes, faltas e irritações. As pessoas com FM ausentam-se do trabalho por exaustão e dores que aumentam em contato com stress do dia a dia. Se ausentam das festas e do convívio social ficando excluido na maioria das vezes. A depressão ocorre devido a baixa de seretonina no cérebro já detectadas nesses pacientes, e não porque são infelizes ou não enxergam horizontes positivos. Tanto que muitos cientista se perguntam: Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? neste caso a depressão ou a fibromialgia?

Quando a Fibromialgia (FM) está em um estagio avançado, pensar positivo é tão árduo mas se faz preciso e necessário.  Porque a dor emocional, a depressão e a dor muscular  vem aos poucos e são invisíveis a todos ao seu redor, sendo estas de difíceis aceitação pela sociedade, companheiro(a), filhos,  colegas de trabalho e de escola, amigos e até pela maioria dos médicos em detectá-las. Os remédios são importantíssimo na crise e no decorrer da vida da pessoa. A convivencia e relacionamentos são extremamente abalados. Após vários anos as cicatrizes ficam e muitas feridas emocionais não conseguem fechar se o paciente não tiver auxílio psicológico. Logo peguei emprestado o ditado que diz: "Quem não vê cara, não vê coração". Nem DOR, nem como convivem com a DOR, rindo ou chorando.

Portanto ver a vida de forma positiva ajuda a refazer desentendimentos do passado que a pessoa com FM não sabia o porque ocorria, sentimentos contraditórios, depressão,  irritabilidade, impaciência, falta de memória, insonia, prisão de ventre, retenção líquida, inchaços, dor de coluna, etc. Se chegou na crise de dor corporia ou de depressao, tente sair delas o mais rápido possível com ajuda médica, lendo informativos e mudando o modo de pensar em relação a estilo de vida, alimentar, modo de pensar e agir, e identificar os seus paradígmas: familiares, relacionais, religiosos e todos os conceitos que te impedem de viver positivamente com a dor. Missão que parece difícil mas não impossivel.

Buscar parceiros e uma equipe técnica que lhe estendam a mão e que lhe dêem compreensão nos momentos onde vencer ou perder uma competição quer dizer sobrevivencia. Então convido a SURFAR NA FM de uma forma menos dolorida e que leve você a compreender um pouco do sentimento dessas pessoas, estarei escrevendo dicas e até casos bem sucedidos.

Se você quiser postar o seu relato, duvidas, opinião, sintomas ou fatos relevantes que alguém já passou, seria de extrema validade para repassar aos cientistas e laboratórios de remédios que estão em busca de uma solução para a cura. Divulguem este blog, pois você pode estar ajudando a outras pessoas. Em breve estarei escrevendo mais como ajudar no dia a dia. Um grande beijo no coração!