quinta-feira, 28 de abril de 2011

Intolerancia a Gluten - Celíacos

Intolerância a Gluten

Texto retirado do site www.personare.com.br/revista/saude-e-beleza

Um estudo recente feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que na capital existe ao menos um celíaco para cada grupo de 214 pessoas. A doença é caracterizada pela intolerância ao glúten, presente em alimentos como trigo, centeio, cevada, malte e aveia. Ao ingerir esta substância, o organismo se autoagride e causa irritação na parede do intestino delgado e lesões intestinais, prejudicando a absorção de nutrientes. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Evandro Pinheiro, é preciso atenção ao diagnosticar o distúrbio.


"A doença celíaca apresenta uma variedade de sintomas, como diarréia ou prisão de ventre, falta de apetite, emagrecimento, cansaço, fadiga, flatulência, dor abdominal, náuseas, vômitos e até sintomas depressivos, como ansiedade. Em alguns casos o paciente pode ter dores nas articulações, alteração no esmalte dentário, artrite e raquitismo. Nas mulheres, é possível que ocorram atrasos na menstruação, menopausa precoce ou diminuição da fertilidade. Nos homens, pode acarretar uma diminuição na quantidade de espermatozóides. Como muitos destes sintomas não têm ligação com a parte intestinal, eles acabam sendo relacionados a outros problemas de saúde e podem atrasar o diagnóstico correto", explica o médico, que trabalha no Hospital 9 de julho, em São Paulo.

É comum que a doença celíaca apareça na infância e, caso não seja controlada precocemente, pode gerar um déficit de crescimento. Como é uma alteração genética, não existe cura para a intolerância ao glúten e o distúrbio pode persistir ou reaparecer na adolescência e idade adulta, principalmente antes da gestação e, alguns casos, na terceira idade. Ele é caracterizado pela forma clássica, quando os sintomas estão latentes, ou não-clássica, quando o organismo do paciente não sinaliza alterações. Se não for controlada, a forma mais grave da doença celíaca leva à desnutrição e a consequente morte do paciente.

Diagnóstico precoce é a chave para a prevenção

Segundo o especialista, é fundamental expor todos os sintomas para que o médico consiga chegar ao diagnóstico correto. Um dos primeiros passos é fazer exames físicos que detectem alterações dermatológicas ou nas unhas. Além disso, hemogramas, e avaliação nutricional e do intestino também podem ser eficazes para descobrir o distúrbio celíaco. Ainda podem ser feitos testes sorológicos e provas de absorção intestinal e da lactose - proteína presente no leite.

"O paciente desinformado começa uma peregrinação nos consultórios. É importante conhecer a doença para suspeitar dela. Nesse sentido, o exame mais importante é o "padrão ouro", onde é feita uma biópsia, por meio de endoscopia. São retirados fragmentos da área lesionada do intestino e depois é feito o estudo do tecido dessa amostra. Vale lembrar que a única forma de prevenção é detectar precocemente", esclarece o cirurgião.




Coma bem sem glúten

Já o tratamento em pacientes celíacos depende do grau da lesão intestinal de cada um e pode ser feito em três etapas. A primeira impõe uma dieta isenta de glúten, substituindo esta proteína por fubá, amido de milho, creme de arroz, polvilho e farinha de mandioca. Também não é indicado o consumo de leites e derivados. "Nessa fase, o objetivo é recuperar a saúde do intestino de modo que a absorção dos nutrientes normalize. Por isso é importante que a pessoa tenha uma alimentação rica em óleos vegetais, gordura de coco, proteínas animais, legumes e frutas com poucas sementes e bagaços", ensina o especialista.

À medida que há controle dos sintomas, o paciente passa para a segunda fase do tratamento. Nesse caso, a alimentação é reintroduzida progressivamente, permanecendo somente a isenção total de glúten. Por fim, a última etapa preza pela manutenção dessa dieta, sem uso de glúten pelo resto da vida. "Quanto mais informações você adquire, melhor. Esse paciente precisa de cuidado e atenção para que não viva uma rotina limitada. Mães que têm filhos celíacos devem preparar alimentos caseiros e isentos de glúten para os pequenos levarem à escola, por exemplo. É possível fazer uma dieta gostosa, barata e que dá resultado", sugere.

Apesar da restrição alimentar, é possível viver bem com a doença. Muita gente ainda torce o nariz para esse tipo de produto, mas os alimentos livres de glúten podem ser saborosos. Pensando nisso, algumas empresas, padarias e restaurantes vêm se dedicando à produção de pães, torradas, biscoitos, bolos, cupcakes, massas e até cerveja sem glúten.

"Vale lembrar que nossa alimentação básica durante muito tempo derivou da cultura indígena, que é enriquecida pela utilização de ingredientes como o milho e a mandioca, ambos sem glúten. Com a chegada dos portugueses ao Brasil o trigo foi introduzido à mesa e nos acostumamos ao sabor das receitas elaboradas com o novo ingrediente", lembra Elen Coutinho, responsável pela linha Arte sem Glúten, da confeitaria Talho Capixaba

Intolerância a Gluten e relação com a Fibromialgia

 por Tania Amorim

Os portadores de  fibromialgia, dores de coluna e outras sindromes, após ler essa reportagem, fica claro que o gluten inibe os nutrientes de serem repassados ao organismo. Mesmo que você não tenha intolerância a gluten mas tem fibromialgia, cumprir uma dieta evitando o gluten faz bem e melhora muito o seu bem star, aumenta sua energia e disposição e reduz as dores.

Talvez muitas pessoas estejam doentes por causa de falta de  nutrientes e por hábito de comerem tudo com farinha de trigo e outros elementos que contem gluten sofrendo um pouco dessa doença em grau pequeno.

sábado, 23 de abril de 2011

Sintomas da Fibromialgia

Dieta de faquir, nunca!!!!
Sintomas da Fibromialgia, o Sistema Sacro Craniano e uma Alimentação correta.


O sistema sacro craniano é um sistema que só recentemente foi estudado e divulgado. Ele é composto pelas meninges que protegem todo o sistema nervoso central, pelo liquido que circula entre elas e no qual todo o sistema nervoso central vive, funciona e se desenvolve e pelos ossos cranianos e pelo sacro onde as meninges ligam. Qualquer alteração a nível dos ossos cranianos ou a nível do sacro afectam este sistema. Da mesma forma qualquer alteração a nível das meninges ou que afecte as meninges afecta o sistema sacro craniano que por sua vez afecta todo o funcionamento do sistema nervoso central.

 
Muitos dos sites que pesquisamos geralmente dizem as mesmas coisas sobre o sintoma da fibromialgia: Dores em diversos pontos do corpo, musculatura tensa e vários outros que variam de pessoa para pessoa tais como:


•Falta e/ou dificuldade de concentração;
•Perturbações de memória;
•Problemas de sono e/ou sono não reparador;
•Dores de cabeça;
•Visão nublada ou vista cansada;
•Tonturas;
•Letargia;
•Irritabilidade;
•Nervosismo;
•Depressão;
•Ansiedade;
•Entorpecimento dos músculos, tendões e ligamentos;
•Rigidez matinal;
•Dores contínuas que mudam de intensidade e ou de sitio;
•Sensação de queimadura;
•Sensação que os músculos se movem sozinhos;
•Dificuldade em engolir;
•Dor na articulação temporo-mandibular;
•Dor no peito;
•Uma sensação geral e muito grande de fraqueza e cansaço muscular e
•Por vezes a sensação de que impulsos eléctricos estão a atravessar o corpo;
•Erupções cutâneas;
•Por vezes inchaços nas palmas das mãos e solas dos pés;
•Problemas intestinais;
•Síndrome do cólon irritável que inclui gases; dores; obstipação e/ou diarreia;
•Aumento das dores menstruais e uterinas;
•Zumbidos nos ouvidos;
•Sensibilidade ao frio;


Para melhorar parte ou quase todos os sintomas acima, eu defendo uma alimentação mais saudável,  gostosa e ainda utilizar suplementação alimentar acompanhada por nutricionista  e claro uma mudança de estilo de vida.


Dieta de faquir, nunca!!!!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O conceito de Fibromialgia que condiz mais com o meu sentir.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011  Fibromialgia: esta difícil incógnita que está na moda
Por João Carlos
http://www.medicando.com.br/#conteudo#artigo#fibromialgia-esta-dificil-incognita-que-esta-na-moda

Pontos doloridos utilizados por médicos reumatologistas e neurologistas para diagnosticar a doença facilitam tratamento por Acupuntura desta síndrome ainda desconhecida e complicada

Muitas vezes a pessoa tem dores no corpo todo. Nas articulações, músculos e tecidos moles e se dirige ao médico que constata. A senhora tem fibromialgia.
– Pois bem, o que é isso?, pode-se perguntar.

A resposta é complexa já que a fibromialgia é considerada uma síndrome. Por síndrome entende-se um conjunto de sinais e de sintomas que podem ocorrer simultaneamente em várias doenças com etiologia (origem) ainda difícil de ser detectada, explicada e definitivamente entendida.
Antes de qualquer coisa, vamos explicar o que são sintomas. São as queixas que o paciente relata durante a entrevista ou anamnse realizada pelo médico ou terapeuta. Já os sinais, são os achados físicos que o médico ou terapeuta encontram durante o exame clínico e não necessariamente relatados pelo paciente.

A fibromialgia é reconhecida por intermédio do aparecimento de dores nos músculos e tecidos conectivo fibroso (ligamentos e tendões). O termo acabou substituindo a antiga denominação de fibrosite que, como toda ite, significa inflamação, neste caso, nas fibras musculares. E como ocorre com toda inflamação, a fibromialgia também desencadeia dor, calor, inchaço, vermelhidão e rigidez. Uma doença, segundo os preceitos da Medicina Tradicional Chinesa - MTC, uma doença yang.

Especialistas da área escolheram o termo fibromialgia, que indica dor nas fibras musculares com etiologia – que quer dizer origem – ainda desconhecida.

A patologia afeta músculos e seus locais de fixação nos ossos, ou seja, tendões e articulações. Embora diferente da artrite – uma inflamação que pode evoluir para artrose e causar até deformidade nas juntas – a fibromialgia é considerada uma forma de reumatismo dos tecidos moles e/ou musculares. E como a síndrome não pode ser detectada por intermédio de análises laboratoriais, seu diagnóstico depende, principalmente, das queixas e sensações dos pacientes (sintomas) e da avaliação dos sinais pelos médicos/terapeutas.

Manifesta-se com dor muscular e cansaço e afeta, aproximadamente, 3,7 milhões de americanos, segundo estatísticas da The Arthritis Foudation, entidade americana que ajuda, em média, 43 milhões de pessoas que apresentam artrite e condições reumáticas ou músculo esquelético naquele país.

Muito embora no Brasil não haja estudos oficiais, estima-se que mais de 5% da população possa desenvolver esta síndrome. Particularmente, acredito que este número está subestimado, uma vez que estudos genéticos realizados no mundo inteiro apontam que esta mesma cifra – 5% - da população mundial apresenta quadro de esquizofrenia. Ao meu ver, é fácil deduzir que na prática clínica as queixas de quadros fibromiálgicos são muito mais comuns que os relatados de queixas de esquizofrenia, mesmo os não atendidos, mas que podem ser levantados pelo histórico de nossos pacientes, ou por intermédio de parentes ou amigos.

O que dizem os estudos...

Nos últimos 10 anos, a fibromialgia tem sido estudada em centros médicos no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, e também aqui no Brasil, reumatologistas e neurologistas procuram avaliar a sensibilidade e intensidade de dor em pontos específicos que podem ser reconhecidos durante a avaliação clínica. Esses pontos podem orientar os acupunturistas para o tratamento local e específico e também segundo análise detalhada dos meridianos atingidos em função dos sintomas apresentados nas regiões mais doloridas.

A fibromialgia caracteriza-se pela manifestação de dor em todo o corpo, embora possa começar em determinada região como pescoço, ombro e espalhar-se em outras áreas. Pode apresentar dor em pontos sensíveis como escápula, acima dos glúteos, lado interno dos joelhos, cotovelos e ombros. Tende a apresentar dor bilateral, mas pode atingir apenas um lado do corpo. Pode ser ardência, incômodo, rigidez ou fisgadas. Pode variar de acordo com a hora do dia (o que facilita o tratamento por acupuntura segundo a circulação da energia nutridora no ciclo de 24 horas), tipo de atividade, clima, qualidade de sono e nível de estresse.
Outros sinais apresentados pela patologia podem auxiliar no diagnóstico energético e na terapêutica preconizados pela Medicina Tradicional Chinesa – MTC, já que cerca de 90% das pessoas com fibromialgia sentem fadiga – de moderada a severa – perda da energia e redução da resistência aos exercícios físicos, com cansaço semelhante ao de uma gripe ou perda de sono, por exemplo. Pessoas com fibromialgia, depois de dormirem, acordam cansadas, embora possam ficar acordadas sem grandes dificuldades. Podem ter o sono profundo interrompido e apresentar outros distúrbios do sono como dificuldade de entrar na faixa de sono REM.

Pacientes merecem acompanhamento multidisciplinar que englobe médicos, terapeutas, especialistas do sono, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros etc.

Também são indicados exercícios, relaxamento, medicamentos e Acupuntura.

Sabe-se que pacientes que apresentam sintomas de fibromialgia podem apresentar ansiedade e momentos de tristeza e isolamento que, igualmente, sugerem tratamentos por acupuntura. Apresentam dificuldades em se concentrar e executar tarefas comuns e também podem sentir dormência e fisgadas nas mãos, braços, pés, pernas ou face. Podem sugerir síndrome do túnel do carpo, neurites, tendinites, bursite trocanteriana ou até mesmo esclerose múltipla. Além disso, podem queixar-se de cefaléias, tensão e enxaquecas e também de dores abdominais, inchaço no ventre e constipação, alterando-se com diarréia, o que leva a confundir com outra síndrome – do Colón Irritável – um dos sintomas que também podem ser identificados com a fibromialgia.

Irritabilidade na bexiga e urgência urinária – também relacionadas com a ansiedade – podem ser identificadas como sintomas da fibromialgia. Pele e circulação sangüínea sensíveis às mudanças de temperatura também podem ser um sinal importante da síndrome. Além das queixas de dores difusas e sensibilidade aumentada nos pontos anteriormente citados, atualmente estuda-se também a possibilidade de uma baixa do TSH – que é o hormônio da tireóide – que pode levar o paciente a apresentar sintomas semelhantes aos da fibromialgia.
O que causa

Como toda patologia de etiologia – origem – ainda desconhecida, fatores isolados ou combinados podem desencadeá-la. Alguns tipos de estresse, traumas emocionais ou físicos, mudanças hormonais etc. podem gerar as dores generalizadas ou fadiga crônica que não melhoram com o descanso. Um exemplo: infecção, gripe ou mesmo um acidente de carro podem estimular o aparecimento da síndrome. Com isso, pessoas podem ficar inativas ou ansiosas, o que agrava ainda mais esta condição.

Como se trata

Exercícios para fortalecer a musculatura e melhorar a aptidão cardiovascular

Técnicas de relaxamento

Medidas para atenuar a tensão muscular

Quiropraxia

Medicamentos para reduzir a dor e melhorar o sono e, principalmente, o equilíbrio bioquímico – ortomolecular

Acupuntura

Tratamento por Acupuntura

A Acupuntura é muito eficiente para reduzir dor, estresse e induzir ao relaxamento e restabelecer o equilíbrio das funções, especialmente, hepáticas, vesiculares e endócrinas – como tireóide – e também atuar sobre o meridiano Baço Pâncreas (BP), especialmente indicado nas doenças auto-imunes, caso do reumatismo, por exemplo, também associados à sintomatologia da fibromialgia. Os pontos utilizados pelos médicos para identificar a síndrome servem, especialmente, aos acupunturistas, uma vez que indicam trajetos dos Grandes Meridianos que devem ser tratados de acordo com os sintomas apresentados pelos pacientes.

Pontos álgicos para identificar fibromialgia são especialmente  indicados para o tratamento por Acupuntura

Problemas no diagnóstico

Como as pessoas com fibromialgia não apresentam qualquer tipo de resultado laboratorial, é comum que familiares e amigos cheguem a duvidar das queixas, o que aumenta o isolamento, fato que gera culpa e irritabilidade nos pacientes. No entanto, os problemas da dor e fadiga ocasionados pela fibromialgia devem ser tratados como outra doença qualquer. Até hoje, a ciência aponta que a fibromialgia não provoca deformidades e não varia de intensidade, nem progride com o passar do tempo.

Exercitar músculos doloridos com alongamento e melhorar as condições cardiovasculares com exercícios aeróbicos são recomendados, uma vez que aumentam a resistência e reduzem a dor. Indica-se caminhar, andar de bicicleta, nadar ou hidroginástica.

Deve-se estirar os músculos com calma e de maneira gentil, diariamente. São indicadas, além da acupuntura, técnicas de relaxamento como meditação, yoga, relaxamento muscular etc. Atualmente existem grupos de ajuda e classes educativas que podem auxiliar na ampliação dos benefícios destes tipos de auxilio terapêutico. Nos Estados Unidos – a Arthritis Foudation organiza vários grupos e reconhecem que pessoas com fibromialgia merecem um acompanhamento multidisciplinar com profissionais terapeutas, médicos, especialistas do sono, psicólogos ou psiquiatras, enfermeiros etc.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Perdas e Ganhos

Você opta em tirar proveito da dor para ganhar atenção familiar e dos amigos, deixar de ir ao trabalho, evita enfrentar seus medos? Entao voce intensifica a DOR da FIBROMIALGIA, evita tratamento e torna ela a  sua parceira.

Revista Online  Maísa Intelisano

NÃO BASTA EXISTIR, É PRECISO VIVER NÃO BASTA EXISTIR, É PRECISO VIVER

Não basta existir, é preciso viver. E viver é muito mais que existir.
Viver implica aprender e, para ser aprendiz, é preciso humildade para reconhecer a própria ignorância.
Viver implica educar-se para o amor, e, amando e amado, experimentar a angústia de saber-se iluminado sem sentir-se luz, vivenciando as dores e as venturas de sentir-se completo sem poder ser pleno.

Viver implica movimento. E não há movimento sem esforço e atrito.

A vida é dinâmica, jamais se estanca. Vibra serena e sem pressa, embora nunca pare para esperar quem ignore seu ritmo.

Para existir, basta estar. Para viver, é preciso ser, por inteiro. E para viver, ainda que existindo, é preciso ser estar e estar, num ser único.

Viver implica acreditar-se imortal e eterno, mesmo sabendo que nada é permanente.

Viver implica progredir, ir adiante, avançar.

Viver é existir de todas as formas e em todas as dimensões, amando cada uma delas.
Para viver, não basta ver, ouvir, pensar e falar, pois estas são manifestações da existência. Para viver, é preciso sentir, mergulhar em si mesmo e sair, novamente, para observar-se sem paixão.

Viver implica iluminar-se e, sob a luz da própria consciência, apontar os próprios defeitos e limites.

Viver implica assumir a responsabilidade pelos próprios atos, transformando-os todos em gestos de amor e compaixão.

Viver implica conhecer-se, profundamente, e, ciente de si, deixar de enganar-se, trabalhando para mudar aquilo que não está bem.

Viver implica reconhecer, no universo, o próprio lar; nas humanidades cósmicas, a própria família; na criação infinita, o próprio berço; e na natureza a própria saúde e o único sustento.

Não há vida sem troca, não há troca sem perdas, não há perdas sem ganhos, não há ganhos sem lutas, não há lutas sem dor, não dor sem razão; e não razão fora da vida.

Viver é muito mais que existir, mas ninguém aprende a viver plenamente sem existir, muitas vezes, de muitas maneiras.

Viver é transcender o que se pensa saber da vida, para assimilar-lhe a verdadeira sabedoria.

Viver implica arriscar-se. E o maior risco é errar.

Mas viver também implica estar certo. E a maior certeza é a de que, a cada erro, mais se pode aprender.

Para existir basta ter sangue nas veias e ar nos pulmões. Para viver, no entanto, é preciso sangrar e sufocar-se de tanto amor.

Na existência, há apenas meias verdades e grandes mentiras, enquanto a vida no conduz ao coração da única verdade absoluta.
Viver é manifestar-se sem tempo ou espaço; é ser fogo ardendo sempre, sem se queimar; é verbo que não se conjuga, apenas se pratica; é palavra que não se define, apenas se diz; é conceito que não se explica, apenas se vive.
Viver é estar no todo, sendo tudo, sem nunca esgotar-se.
Quem vive, canta por dentro, a despeito do silêncio exterior. Quem vive, existe em todos os lugares, sem pertencer a nenhum. Quem vive, busca, em si mesmo, o que deseja para o seu caminho e, quando encontra, volta a buscar.
Quem vive, não vê morte, apenas transformação; não morre, transmuta-se para a vida; não nasce, apenas passa pela morte para viver.

Viver é ir mais, mudar sempre, virar-se e revirar-se, buscar o próprio avesso, sem saber onde fica o direito.
Viver é enxergar a luz, mesmo nas sombras, e criar luz nas próprias trevas.
Viver é expandir a própria existência para além dos limites imaginados.
Viver é doar-se, sem pedir; é ceder, sem resistir; é entregar-se, sem recear.

Quem vive, renasce um novo ser todos os dias.
Quem vive, tem a própria existência traçada a lápis e recria o próprio destino, minuto a minuto, com a borracha da sabedoria e do perdão.
Quem vive, não sabe o caminho ou quando chegará, para sabe para onde está indo.
Quem vive, continua na morte e recria-se ao nascer, sabendo que é preciso morrer para nascer e é preciso existir para morrer.

Viver é ter na própria consciência uma única história, representada por milhares de faces, nomes, episódios de milhares de existências.

Para viver, não basta existir, pois existir é pouco para um ser que nasceu na visao de um Deus.

Maísa Intelisano – São Paulo, 02 de fevereiro de 2005.