Lidando com pessoas e relacionamentos na fibromialgia
A convivência é o grande instrumento de elevação espiritual. Pode não parecer muito bonita esta idéia, mas com certeza esse argumento é coberto de verdade. Trazer para o mundo objetivo a concretização dos sonhos às vezes se torna difícil e o empecilho maior é a convivência diária com pessoas difíceis.
Alguém pode ser muito difícil para mim e para uma outra pessoa pode até se mostrar como uma pessoa tranqüila e bem humorada. Muitas pessoas, quando converso, reclamam dos seus relacionamentos: são casamentos em desarmonia, irmãos, médicos, amigos e vizinhos sem acreditar em voce, desprezo no trabalho criando um ambiente confuso e sem educação. E por que tudo isso? Por que viver em desarmonia com as pessoas a nossa volta?
Fica claro que, por vários motivos, as pessoas não acreditam nos fibromiálgico por não existir um exame médico que ateste o nosso sentimento e ainda mais quando dizem que tudo é psicológico. A DOR não é de cunho inventativo psicológico, existem estudos que tentam comprovar que a fibromialgia é uma doença inflamatória e que interfere no cerébro sim. Ai o motivo da depressão devido a dor, e dos sentimentos da alma que sentimos por ninguem acreditar na gente, trazendo emoções e sentimentos indesejaveis a nossa cabeça.
Portanto saber impor limites nas relações ao seu redor e saber confrontrar sem se machucar é importantíssimo. Deixo claro que não é facil. Busco ajuda terapeutica de todas as linhas para que eu possa me equilibrar e tentar conseguir esta façanha.
Precisamos buscar não baixar a guarda, saber fazer concessões ou não no casamento, não aceitar ser maltratada psicologicamente por conhecidos e não permitir que a nossa auto-estima seja dilapidada. Na nossa vida com fibromialgia chega uma hora que não sabemos mais o que podemos aceitar e em que momentos deveria dizer não.
Temos medo de perder o emprego, de perder o casamento, se não é casada temos o medo de não encontrar alguém que nos aceite. Pois é o medo da ACEITAÇÃO social, familiar, trabalhista, religiosa, etc.
Não podemos e nem devemos ceder sempre. Muito menos ficar com raiva acumulada dentro de nós. Faz parte da evolução espiritual aprender a colocar limites, valorizar-se, desenvolver a compreensão com o próximo. Sim, pois o próximo não sente o que nós sentimos na pele ou músculo e não tem como comprovar cientificamente! Mas, ao mesmo tempo, não podemos assumir uma postura omissa. Quando algo incomoda é saudável entender o porquê. É saudável também aprender a dizer não sem raiva. Porque se guardamos nossos sentimentos ou nos permitimos esbravejar, perdemos a razão mesmo estando certas.
Lamentavelmente, o mau humor, que é sinônimo de má energia, adoece muita gente. Você não verá pessoas evoluídas se corroendo de mau humor... e não é porque essas pessoas não têm problemas ou desafios. Pois enfrentar dificuldades faz parte da vida, lidar com pessoas envolve todos nós. O que as pessoas mais evoluídas espiritualmente aprenderam, e que devemos nos esforçar para seguir o exemplo, é que temos luz para agir, e não devemos tentar nos esconder daquilo que nos incomoda. Se algo não está bom, olhe para o problema. Use seus instrumentos para lidar com o assunto. Reze bastante, medite, tente encontrar a luz dentro de você. Mas com coragem, humildade e paciência. Não deixe de tomar atitudes práticas frente às questões em desarmonia.